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Já passou da hora de se falar sério sobre a saúde emocional masculina

É tempo de levar a saúde emocional dos homens a sério.


Não é um tema novo, mas é um tema que precisa de mais atenção, em 12 anos de experiência clínica foi possível notar que há uma grande resistência em abordar o tema, seja no meio acadêmico ou na sociedade, haja vista que a crença politica dominante se refere ao homem como ser privilegiado e até mesmo opressor na sociedade, mas será mesmo? Precisamos colocar as crenças politicas e narrativas sociais disfuncionais de lado para observar com serenidade e honestidade o mundo real e começar a questionar tabus modernos e falar sobre esta questão nas nossas casas e locais de trabalho, nas escolas e comunidades - e precisamos de o fazer agora.


Na literatura existe um abismo entre o que se é publicado em relação a mente feminina em comparação ao que se é publicado para se compreender a mente masculina, quando há publicação a esse respeito, essa perspectiva parte quase sempre de viés do olhar feminino sobre a questão.


Meninos vítimas de abuso físico e sexual praticados por mulheres não encontram rede de apoio e nenhum amparo na sociedade, dispositivos legais ou serviços institucionais não existem nesse sentido. Grupos indenitários se sentem "donos" das narrativas tentam jogar esse problema para debaixo do tapete a qualquer custo ou calar quem se atreve a discutir fora dos moldes impostos. Segundo elas, seria "um desserviço a causa" expor estes fatos. Afirmam que casos de meninos que sofrem abusos por mulheres e homens que sofrem em relacionamentos abusivos são exceção e não devem ser mencionados por haver poucas pesquisas e dados quantitativos nesse sentido. Será?


Ao mesmo tempo, tentativas de pesquisas que abordam os temas citados, mesmo conduzidos sob perspectiva neutra e cientifica (fora da cartilha ideológica corrente) são sumariamente suprimidas de forma violenta. Como ocorreu coma a pesquisadora Simone Alvim quando decidiu pesquisar sobre a violência conjugal em um âmbito relacional, a pesquisadora chegou a ser ameaçada na tentativa de levantar dados, sic.


Algumas Estatísticas sobre Saúde Mental Masculina


Se você é uma pessoa antenada sobre o assunto, provavelmente está ciente de que temos um problema com a saúde mental e emocional dos homens. Se não estiver, não há problema, aqui estão algumas estatísticas rápidas:


  • 78% atentados efetivados contra a própria vida são homens de acordo com a OMS.

  • 80% da população na rua são homens de acordo com entidades ligadas aos Direitos Humanos.

  • 90% são responsáveis por empregos perigosos e insalubres, essenciais para a sociedade, segundo entidades de pesquisa ligadas ao trabalho.

  • 92,2% maior risco de sofrer homicídio e assalto seguido de morte segundo dados do ministério da saúde e ipea.

  • 03,6% apenas, ficam com a guarda dos filhos em caso de divórcio. Obs: este dado não contempla casos onde não houve casamento civil.

Enfim, mesmo com pesquisas e dados estatísticos sobre a realidade do homem sendo propositalmente escassa, notamos um claro abandono da sociedade para se discutir dentro da realidade o comportamento masculino e suas dificuldades, se nos aprofundarmos em outros inúmeros índices como população com maior número de DSTs e abuso de álcool e drogas, depressão e ansiedade por exemplo? O que devemos encontrar?

Uma curiosidade: estatísticas específicas voltadas para olhar com sinceridade a vivencia masculina são ignoradas geralmente. Parece haver um profundo desinteresse e boicote da sociedade (acadêmica inclusive) em olhar honestamente para a experiência humana por um olhar genuinamente verdadeiro, considerando as experiências masculinas de modo claro e objetivo. Por que será? Será que tem haver com alguma crença social imposta por determinados grupos, onde o homem é retratado dentro de um papel de privilegiado e opressor?


Problemas culturais e os novos TABUS


Como já devem ter ouvido, fala-se muito sobre a saúde emocional dos homens no âmbito de uma desconstrução (lê-se destruição) de uma masculinidade supostamente tóxica. É verdade: Os homens estão em risco de doença mental e de suicídio as taxas são muito mais elevadas entre homens do que entre as mulheres. Mas o que isso significa? Porque estas questões afetam os homens de forma tão desproporcional? E o que podemos fazer em relação a elas? Por qual razão em uma sociedade "tão moderna" esse problema só aumenta?


A resposta está em compreender as questões culturais subjacentes e crenças disfuncionais que afetam a vida dos homens e o desenvolvimento psicológico da infância a vida adulta - e depois criar consciência à sua volta para que possamos trabalhar em conjunto como sociedade em busca de soluções.


Será que problemas culturais como atribuir qualquer traço de comportamento masculino ao termo “masculinidade tóxica” e a crença moderna do que é chamado “privilégio masculino” criam um ambiente hostil e desconfortável para os homens expressarem abertamente os seus sentimentos experiências e buscar ajuda? O que leva muitos homens a rejeitar os serviços de saúde emocional e os levam a enveredar por caminhos obscuros em direção a comportamentos auto-destrutivos como o abuso de substâncias, vida desregrada ou a pratica de violência contra si mesmo e aos outros?

Até onde explicações rasas e genéricas como "machismo" e "masculinidade tóxica" estão contribuindo para mascarar e enterrar problemas sociais tão graves quanto os mencionados acima?


Como abordar as questões de saúde mental masculina


Há várias maneiras de ajudar a abordar as questões de saúde mental dos homens.

  • Deixar estereótipos e pré-conceitos propagados por movimentos políticos indenitários de lado e olhar a realidade além de narrativas preconceituosas.

  • Quebrar os novos Tabus e ver as questões de vulnerabilidade social além do olhar míope de um suposto "privilegio masculino" e parar de usar isso como desculpa para não se criar politicas, pesquisas e discussões adequadas.

  • Criar redes de apoio e iniciativas para ajudar os homens com a sua saúde mental e emocional. O primeiro passo é criar um espaços onde possam falar sobre os seus problemas, partilhar histórias e obter conselhos de outras pessoas que passaram por situações semelhantes. Isto permitir-lhes-á sentir-se mais à vontade para falar sobre os seus problemas quando os experimentarem no futuro.

  • Ajude a tirar os estigmas das questões de saúde mental, partilhando informação sobre estas questões em plataformas de redes sociais como Facebook ou Twitter, para que mais pessoas saibam que tipo de ajuda está disponível para aqueles que sofrem destas condições (e não pensem que não há nada que alguém possa fazer).

  • Esteja atento: haverá represálias, como: deboche, piadas e menosprezo do sofrimento alheio (de homens) e possíveis perseguições por membros de grupos indenitários que supostamente lutam por justiça social, mas usam isso como escudo para atacar e expor sua maldade reprimida.

  • Também será necessário criar campanhas de sensibilização, discutir o tema nas universidades, que seja, imprimindo cartazes com fatos sobre depressão ou distúrbios de ansiedade; afixá-los pela cidade para que todos saibam que recursos existem nas se alguém precisar de ajuda para obter tratamento mais cedo, antes que seja tarde de mais!


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